Uma Constelação Familiar é uma técnica terapêutica de grupo ou individual, que visa mudar situações de sofrimento e infelicidade que se perpetuam ao longo de gerações. O fundador deste trabalho, Bert Helliger, psicoterapeuta alemão, estudou e tratou famílias durante mais de 50 anos, observou que muitos de nós inconscientemente “assumem” padrões familiares destrutivos de ansiedade, depressão, raiva, culpa, solidão, alcoolismo e até a doença . É uma maneira de “pertencer” à família. Ligada por um amor profundo, uma criança muitas vezes sacrifica seus próprios interesses numa tentativa vã de aliviar o sofrimento de um dos pais ou de outro membro da família.

Bert Hellinger revolucionou o coração e a alma da terapia familiar ao fazer luz sobre as lealdades inconscientes e muitas vezes destrutivas das famílias. Embora grande parte da psicologia se concentre em explorar os conflitos na infância, o trabalho de Hellinger examina as tragédias na família.

Hellinger observou que eventos traumáticos, como a morte prematura de um pai, irmão ou filho, abandono, crime ou suicídio, podem exercer uma força poderosa que afeta as gerações posteriores.

Emaranhados com a infelicidade do passado, os membros da família muitas vezes continuam com padrões de ansiedade, depressão, raiva, culpa, medo, doenças crônicas e relacionamentos não realizados. É um tema comum: mãe triste, filha triste… pai alcoólico, filho alcoólico … as dificuldades de relacionamento dos pais, espelhadas nas crianças.

O método terapêutico fenomenológico explica-se pelos campos morfogenéticos pesquisados pelo Cientista e Biólogo Rupert Sheldrake. Para ele, os nossos corpos estão rodeados de campos mórficos, uma extensão invisível das nossas células. Propõe que as nossas mentes funcionam por campos estendidos que se expandem muito além das nossas cabeças até o mundo ao nosso redor, conectando-nos a outras pessoas e ao ambiente.

Mafalda Jorge